11 – A capa, a túnica e a segunda milha (Pt 3)

11 - A capa, a túnica e a segunda milha (Pt 3)

Resumo da Terceira Pregação- A Segunda Milha

Texto Base- Mateus 5:38-42

Introdução:
Antes de buscarmos a compreensão do terceiro princípio aqui exposto é preciso compreendermos o contexto histórico e cultural desta passagem.

Israel encontra-se sob o pesado domínio de Roma que mantém seu extenso território por meio de forte presença militar. Por esta razão o soldado romano chegava a caminhar 30 Km em um único dia. Além de seu armamento e fardamento pesados o soldado carregava também sua bagagem pessoal que incluía roupa, saco de dormir, suprimentos para 3 dias, utensílios para cozinhar e utensílios de higiene pessoal. Toda esta bagagem podia pesar até 45Kg (ver ilustração acima).

Por esta razão o soldado romano tinha a prerrogativa legal de alistar qualquer cidadão em seu caminho para carregar sua bagagem por um espaço de até uma milha (milha romana, cerca de 1,5 km) não importando os afazeres do cidadão. É a esta legislação que Jesus se refere no verso 41 abaixo transcrito.

Análise do texto:
Nesta parte do estudo analisamos o versículo 41: “Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas..“

Princípio:
A questão aqui é a nossa atitude quando as leis nos são pesadas ou incômodas. Um bom exemplo é a carga tributária que nos é imposta no Brasil, a décima segunda do mundo, sem que tenhamos dela o retorno devido em serviços públicos de qualidade.

Segundo Martyn Lloyd-Jones: “Esta passagem diz respeito ao ressentimento natural de um homem face às exigências que as autoridades governamentais costumam fazer”.

O alvo de Jesus nesta passagem é nos livrar da tirania do ressentimento nos fazendo livres para obedecermos às exigências legais com coração voluntário e alegre, caminhando “a segunda milha”quando apenas uma nos é imposta.

O texto não exclui a possibilidade de buscarmos mudanças nas leis injustas desde que pelas vias corretas e legais , porém como assevera Matyn Jones: “Na qualidade de crente o nosso estado mental e a nossa condição espiritual deveriam ser tais que coisa alguma nos pudesse fazer sentir ofendidos”.

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